14 de março de 2018


Breve  Panorama

O LIVROPublicado originalmente em folhetim, em 1837-8, Oliver Twist é um dos livros mais famosos de Charles Dickens (1812-70) e o primeiro romance em língua inglesa a ter uma criança como protagonista. Nenhum romancista teve jamais o êxito de Dickens. Se excetuarmos Walter Scott, cuja glória já passou, nenhum romancista teve as tiragens imensas de Dickens, nenhum romancista gravou tão inesquecivelmente as suas cenas e as suas personagens na memória dos povos de língua inglesa. Encheu a sua época, a época vitoriana, e encarna-a até hoje. Pode-se dizer: o mundo de Dickens é a própria Inglaterra da Rainha Vitória; e se, desde então, na velha ilha mudou alguma coisa, Dickens está também envolvido nisso. Com realismo tão impressionante, dizem, descreveu os cárceres para os devedores insolventes, as casas de trabalho forçado, o trabalho dos menores, o sadismo nas escolas, os abusos nos tribunais, nas repartições públicas, nas eleições, que contribuiu poderosamente para abolição daquelas injustiças, e ajudou a criação da Inglaterra moderna. Isto se lê nos livros escolares ingleses, e até historiadores para adultos citam romances de Dickens para ilustrar as condições sociais daquela época.

A HISTÓRIA. Numa cidadezinha da Inglaterra, uma jovem dá à luz um menino e morre em seguida. O pequeno órfão recebe o nome de Oliver Twist e vive seus primeiros nove anos em instituições de caridade. Não suportando tantos maus-tratos, Oliver foge para Londres, onde inadvertidamente se junta a um bando de marginais, comandado por um dos grandes vilões da história da literatura - Fagin. Passa por muito sofrimento antes de viver feliz com a herança que o pai lhe deixou e a inesperada família que encontrou.

A INDÚSTRIA. A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador. O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.

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