Breve
Panorama
O LIVRO. Publicado
originalmente em folhetim, em 1837-8, Oliver Twist é um dos livros mais famosos
de Charles Dickens (1812-70) e o primeiro romance em língua inglesa a ter uma
criança como protagonista. Nenhum romancista teve jamais o êxito de
Dickens. Se excetuarmos Walter Scott, cuja glória já passou, nenhum romancista
teve as tiragens imensas de Dickens, nenhum romancista gravou tão
inesquecivelmente as suas cenas e as suas personagens na memória dos povos de
língua inglesa. Encheu a sua época, a época vitoriana, e encarna-a até hoje.
Pode-se dizer: o mundo de Dickens é a própria Inglaterra da Rainha Vitória; e
se, desde então, na velha ilha mudou alguma coisa, Dickens está também
envolvido nisso. Com realismo tão impressionante, dizem, descreveu os cárceres
para os devedores insolventes, as casas de trabalho forçado, o trabalho dos
menores, o sadismo nas escolas, os abusos nos tribunais, nas repartições
públicas, nas eleições, que contribuiu poderosamente para abolição daquelas
injustiças, e ajudou a criação da Inglaterra moderna. Isto se lê nos livros
escolares ingleses, e até historiadores para adultos citam romances de Dickens
para ilustrar as condições sociais daquela época.
A HISTÓRIA. Numa cidadezinha
da Inglaterra, uma jovem dá à luz um menino e morre em seguida. O pequeno órfão
recebe o nome de Oliver Twist e vive seus primeiros nove anos em instituições
de caridade. Não suportando tantos maus-tratos, Oliver foge para Londres, onde
inadvertidamente se junta a um bando de marginais, comandado por um dos grandes
vilões da história da literatura - Fagin. Passa por muito sofrimento antes de
viver feliz com a herança que o pai lhe deixou e a inesperada família que
encontrou.
A INDÚSTRIA. A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que
aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade
dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com
o uso das máquinas. Até o final do século XVIII a maioria da população européia
vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor
dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a
França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos
realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da
manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos
fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais
importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada
junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era
explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário
baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para
sustentarem suas famílias.
Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas
condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando
conhecidos como “os quebradores de máquinas“.
Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o
trabalhador. O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de
todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
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