Durante o século V, as tribos dos francos, com o processo de invasão do Império Romano do Ocidente, passaram a ocupar o norte da Gália. No governo de Clóvis, em 494, os exércitos reais empreenderam uma investida militar contra os visigodos que assegurou o domínio sobre toda região gaulesa. No decorrer dos governos francos, os reis empreenderam uma sólida associação com a Igreja Católica. Durante diversas dinastias, a Igreja e os nobres recebiam terras como recompensa da aprovação religiosa e apoio militar.
Ao longo do século VII os vários reis que assumiram o trono não conseguiram assegurar a unidade dos territórios. Conhecidos como “reis indolentes”, tais autoridades passaram a conceder poderes políticos a um grupo de funcionários públicos conhecidos como prefeito do palácio.
Pepino, o Breve, garantisse a condição de rei dos francos. Apoiado pela Igreja, Pepino empreendeu a conquista sob os territórios da Península Itálica, que posteriormente teve parte de suas terras doadas ao alto clero. Dominada diretamente pela Santa Sé, essa região ganhou o nome de Patrimônio de São Pedro. Carlos Magno, filho de Pepino, sucedeu seu pai no ano de 768.
Na década de 770, Carlos Magno subjugou os lombardos e saxões, obrigando-os a se converterem ao cristianismo. Anos mais tarde empreendeu campanhas no Leste Europeu, dominando uma parcela dos povos eslavos. Estreitando laços com a Igreja, o chamado Império Carolíngio vislumbrou a disseminação do cristianismo da Europa e restringiu o avanço da Igreja Bizantina. No ano de 800, o papa Leão III nomeou Carlos Magno imperador na cidade de Roma.
Para manter a unidade de seus territórios, foi necessário que ele distribuísse terras ao diversos integrantes do clero e da nobreza. Ao conseguirem a posse dos condados e das marcas (tipos diferentes de possessão de terra), esses grupos sociais estabeleciam um sólido laço de fidelidade com a autoridade de Carlos Magno. Além disso, o imperador criou um grupo de fiscais, chamados de missi dominici (emissários do senhor) que eram obrigados a fiscalizar os territórios reais. Para regimentar suas terras, Carlos ainda criou as capitulares, primeiro conjunto de leis do mundo medieval.
As conquistas deste império que se formou na Idade Média foram responsáveis por um período de intensa atividade cultural. Patrocinado do rei, escolas foram fundadas, várias obras greco-romanas foram traduzidas com o auxílio da Igreja que preservou boa parte deste conhecimento. Com a morte de Carlos Magno, em 814, todo o apogeu do Império Carolíngio foi posto a prova. Após o governo de Luís Piedoso, filho de Carlos, os territórios foram alvo da disputa de seus três filhos.
Depois de intensas disputas, o Tratado de Verdun fixou a divisão do império em três novos reinos. Carlos, o Calvo, tornou-se o rei da França ocidental; Luís, o Germânico, deteve controle sobre a França Oriental; e Lotário tornou-se rei da França Central. Com a divisão, o poderio militar dos francos não conseguiu fazer frente à invasão dos normandos e árabes.
ÁRABES e o ISLAMISMO
O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existência de um Deus único.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.
O livro sagrado do Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres humanos.
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:
- Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
- Realizar cinco orações diárias comunitárias;
- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida.
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:
- Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
- Realizar cinco orações diárias comunitárias;
- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida.
Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em diversas vertentes com características distintas. As vertentes do Islamismo que possuem maior quantidade de seguidores são a dos sunitas (maioria) e a dos xiitas. Xiita significa “partidário de Ali” – Ali Abu Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou assassinado. Os sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao Islã e discípulo de Maomé. As principais características são:
Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.
Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.
Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.
No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.
Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.
Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.
No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
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